Será que sofrer faz crescer mesmo?
Quantas vezes ouvimos que sofrimento faz a pessoa crescer e olhar a vida de outra maneira? Também é comum ouvir que aprendemos pelo amor ou pela dor, e que geralmente só há aprendizado através da dor, porque as pessoas só param para pensar quando alguma adversidade acontece.
Por Daiane Daumichen Antiório
Eu diria que tudo isso faz sentido, e que todo mundo já viveu situações dolorosas, e por mais que sofrer possa fazer alguém crescer, que viver é um desafio constante com muitas possibilidades de insucessos, sentir a dor emocional não é uma escolha da pessoa.
O sofrimento não é igual a todos no que se refere a intensidade e valor, ainda que pessoas diferentes vivam momentos similares.
É fato que, o que pode ser sofrido para mim, pode não ser para outra pessoa e vice-versa, portanto é fundamental o exercício da empatia.
Colocar-se no lugar do outro e compreender porque aquela pessoa impactou-se mais com tal ocorrido, pode ajudá-lo a amenizar seu sofrimento, ao invés de julgar e até subestimar, o que considero como um ato de solidariedade.
Compreender e respeitar a maneira como as pessoas lidam com suas limitações, experiências e relações gera ensinamentos a todos os envolvidos.
Como já foi mencionado, sofrer, na maioria das vezes, não é uma escolha consciente. Não há remédios ou anestesia que possam extinguir o sofrimento, mas talvez o tempo possa ensinar a conviver com ele e até superá-lo.
Quando estamos em crise, sofrendo, tudo torna-se pesado, atemporal, intenso e interminável, porém a medida que enfrentamos o que gera a dor e o sofrimento, damos início ao processo da “cura”.
Identificar o gatilho, as próprias responsabilidades frente ao problema com coragem e vontade de melhorar, faz a pessoa encontrar um novo caminho para se sentir bem e feliz.
A vida é como uma montanha russa, existem momentos de alta, de estabilidade e outros de baixa, e é isso que torna tudo mais interessante.
Ainda fazendo analogia com a montanha-russa, quando estamos no momento de declive é onde realmente paramos para sentir, e que as emoções tornam-se ainda mais perceptíveis, e depois quando menos se espera tudo volta a estabilidade, e então de novo começa a subida e nesses estágios tudo volta a ser “normal” até a próxima queda.
Não se pode sentir-se ainda pior quando você está sofrendo por algo e se julga “bobo” por isso. Lembre-se que o seu problema não é maior ou menor do que de ninguém, mas diferente, e que só você é capaz de saber o tamanho do incômodo e o impacto que foi causado.
É difícil esquecer de um momento complicado na vida em que houve dor, desespero, desesperança, decepção, mas é preciso lembrar também, que no final, a história terminou em reflexão, superação e aprendizado.
E segundo um conhecido provérbio: “não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe”.
Daiane Daumichen Antiório é psicóloga e personal & professional coach • CRP 06/64100 • Consultório: rua Ana Pereira Melo, 253 – Cj. 203, Vila Campesina, Osasco – SP • Tel.: (11) 3681-9338 | (11) 99819-8781 • E-mail: daiane.psicologia@hotmail.com • www.sereviver.com.br
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