“Costelão Gaúcho” começa a virar tradição na Paróquia de São Francisco

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Costela assada em fogo de chão. Foto/© Equipe Vertical

Se no passado a festa e a infraestrutura eram menores e o sorvete costumava
ser a estrela da festa, hoje, o Costelão ganha ares de piquenique gigante,
reunindo centenas de pessoas sob a sombra de tendas e árvores.
É tempo de confraternização entre familiares e amigos.

Por Silvana Bezerra
3ª edição do Costelão Gaúcho. Foto/Paróquia São Francisco de Assis

A organização é feita com antecedência e o preparo do churrasco começa ainda de madrugada, bem antes da chegada do sol. A carne (de boi) precisa ser assada lentamente e o tempero se resume ao sal grosso.

O gaúcho de São Borja, José Carlos de Oliveira, é o responsável pelo churrasco da paróquia, prato que faz parte da rotina dos pampas. Para quem vive longe da querência (lugar de nascença), o churrasco tem sabor de infância que merece até versos.

♫ “Churrasco é carne no espeto
Assa-se com carvão ou tição
É um prato que nunca teve luxo
Por isso é batizado
No velho estilo gaúcho” ♪

Para o evento foram reservados 720 quilos de carnes, suficientes para servir bem 1500 pessoas. Além da costela, galeto e linguiça (salsichão para os gaúchos) também faziam parte do cardápio. O frango (galeto para os italianos) foi preparado com vinho branco seco, alho, sálvia e laranja. Para controlar a brasa e o ponto da carne, Oliveira contou com oito amigos que, com exceção de um, também eram do sul. Quando as primeiras famílias começaram a chegar a carne estava “no tipo”.

3ª edição do Costelão reúne amigos e família. Foto/© Equipe Vertical

A família de Fabiana Carvalho dos Santos foi uma das primeiras e procurou se acomodar bem embaixo das árvores para se proteger do sol. É a terceira vez que comparece ao Costelão e, a cada ano, o grupo cresce um pouco. Desta vez, o grupo já contava com 10 pessoas. Todos da família que, apesar de contar com um bom churrasqueiro, se rendeu ao braseiro gaúcho. Segundo Fabiana: “para o evento ficar perfeito só falta instalarem redes para a sesta”.

Maria Aparecida, a Cidoca, foi ao Costelão com amigos. Não é sua primeira vez no evento e concorda que acaba sendo um grande piquenique onde, além da boa comida, ainda tem muita música boa e o contato com a natureza.

Edson Imura, da San Francisco Music Center, chegou preparado para animar a festa com o DJ Leo Lima e a própria banda. Quem resiste a uma boa MPB e aos hits dos anos 80 e 90? Sem falar do Coral da Capela, especialista no sertanejo de raiz…

Dona Paulina estava com as filhas Neusa e Neiva. Apesar de a costela ser a estrela da festa, dona Paulina conta que curte mesmo a linguiça e o frango com arroz e salada. As três participam da festa desde a primeira edição que, de tão boa, incentivou o Padre Edilberto a repetir a dose. Segundo Neusa é como um piquenique: “é acolhedor e divertido. O padre sabe unir as pessoas”, completa.

Padre Edilberto sempre diz que é o espírito de colaboração que mantém a tradição e une a comunidade. “Eventos como esse ensinam a valorizar a família, preservam o bem-estar e a harmonia entre as pessoas” e ainda ressalta: “a arrecadação é apenas consequência”.

Como disse o gaúcho Oliveira, ninguém faz nada sozinho, e o sucesso do Costelão está justamente na colaboração de várias pessoas que se transforma em doação para as obras da Igreja de São Francisco. A fartura da nossa mesa é uma benção que deve ser paga com gratidão.


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